A SAUDADE !
Que saudade me concentra a vida;
Entristece-me o coração pálido;
Embriago-me na solidão saudosa;
Nos cantos de saudades;
Loucamente só Na escuridão.
Meus tristes olhos regam-me a face;
Meu corpo frio e gélido coberto com véu;
Véu de solidão da saudade saudosa;
Meu peito já em quase cinzas de saudades;
Mais eu suporto o peso.
Lá no fim ouço um canto tristonho;
O canto de saudade um canto de solidão
Mas eu sonho, mas eu choro, mas eu vivo;
Assim distante como esquecida;
Do esquecido mundo gentil. Que saudade!
Os ventos sopram a noite fria:
As ondas arregaçam-se sobre a areia;
Ondas de solidão ondas de saudades;
A lua já quase não aparece mais;
Que saudades, que saudades.
Que Saudades!