RAINHA

Sempre faço o que não quero...

Mas o que quero, não sei...

Sempre é o destino que diz

Rota que devo seguir

Nem adianta espernear...

Mas tanta contrariedade

Obrigou-me a rebelar...

Porque não faço o que quero?

Quem comanda este mistério?

E o fim é o cemitério?

Claro que vou blasfemar...

Jogar pro alto este impasse...

Verdade feita em esgarce

Já me obriga a desertar...

Canção nenhuma me embala...

Fico aqui na antessala

A aguardar... Qual final?

Desespero que me agita,

Obriga a enfrentar a desdita

Dar a guinada final...

De qualquer forma, algum mal,

Já ficou clarificado...

Mal por mal, jogo este dado...

Talvez nem seja letal...

TALVEZ, é ponto de fuga...

O vão que em desvão permite,

Mudança deste limite,

E eu vença essa insensatez!

Ao dar o passo da vez

Até o passado apago...

Venço o rei deste ZADREZ.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 18/07/2018
Código do texto: T6393093
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