DO AMOR ÀS COISAS TOLAS

A virtude da sarjeta é glorificar ao drama,

Onde a imundície se apoia em vidas paralelas.

Um pão partido para o Deus de um homem só,

De discurso curvilínea em orações redundantes,

À noite mais triste de uma ceia de poesia e pó.

O concreto é a razão de uma feiura atemporal,

Fincado sem misericórdia na retina inculta.

Qualquer arbusto que brote da disciplina,

Será taxado de poema e morrerá afogado em culpa.

Por pena e desprezo é que a mão estende,

Por que não somos o melhor de nos.

Da terra fugimos e aos desígnios renegamos,

Mas somos todos medíocres tentando ter voz.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 16/07/2018
Código do texto: T6391979
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