Quem se importa?
Quem se importa?
Não me importo.
Meus dedos corroídos moldando a
rua desperta para o tédio, ainda
sangram em frouxas bolinhas de
infância ressecada.
Minha chegada é agridoce e
ensimesmada durante a passagem
do parque de lamentações que
me obriga a pegar no corrimão.
Fotografias mais na frente,
mais um vento desses e penduro-me
na estrela bêbada da noite.
Que feio esse figurino! da inútil
espera que me morde. Bela morte
e um porto para se banhar de estúpidos silêncios.