Quem se importa?

Quem se importa?

Não me importo.

Meus dedos corroídos moldando a

rua desperta para o tédio, ainda

sangram em frouxas bolinhas de

infância ressecada.

Minha chegada é agridoce e

ensimesmada durante a passagem

do parque de lamentações que

me obriga a pegar no corrimão.

Fotografias mais na frente,

mais um vento desses e penduro-me

na estrela bêbada da noite.

Que feio esse figurino! da inútil

espera que me morde. Bela morte

e um porto para se banhar de estúpidos silêncios.

André SS
Enviado por André SS em 16/07/2018
Código do texto: T6391943
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