Libertar o barulho do medo
Cai a cortina do silêncio
Sobre a solidão do mundo
O cenário da morte
O palco da desgraça
Que jazia silencioso
Atrás de um muro cinzento
Onde a vergonha se esconde
E o medo se instala
No túmulo da ignorância
E do obscurantismo.
É o abrir das portas
Correr as cortinas do silêncio
Libertar o barulho do medo
Da inquietação
Da revolta
Enfrentar o medo que há dentro de nós
E gritar bem alto
Basta!
Gilberto Fernandes