MASTURBAÇÃO CONTEMPORÂNEA
Eu vejo o mundo com a precariedade da burocracia,
Circunscrito ao limite da proximidade de um aperto de mãos.
E ele cabe todo numa planilha tediosa
Onde a miséria é o ocaso do sonho
E a beleza um estorvo para homens mínimos.
O tipo de poesia que aqui se pratica,
Não vem de Deus ou do diabo.
Jogar dados sobre os destinos da escrita
Tem mais da canalhice e patógenos raros.
Eu vejo o que havia de humano, triturado,
Entre o ebó free Style e a masturbação na frigidêz.
Não gosto de Carnaval, por isso não vou lá fora.
Aguardo a morte de todos, ainda nesse mês.