MASTURBAÇÃO CONTEMPORÂNEA

Eu vejo o mundo com a precariedade da burocracia,

Circunscrito ao limite da proximidade de um aperto de mãos.

E ele cabe todo numa planilha tediosa

Onde a miséria é o ocaso do sonho

E a beleza um estorvo para homens mínimos.

O tipo de poesia que aqui se pratica,

Não vem de Deus ou do diabo.

Jogar dados sobre os destinos da escrita

Tem mais da canalhice e patógenos raros.

Eu vejo o que havia de humano, triturado,

Entre o ebó free Style e a masturbação na frigidêz.

Não gosto de Carnaval, por isso não vou lá fora.

Aguardo a morte de todos, ainda nesse mês.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 15/07/2018
Reeditado em 15/07/2018
Código do texto: T6391129
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