À Mágoa
Oh! Incompreensível e tristonho,
ser que choras, e lamenta pela estrada.
Do coração, arranca-te os sonhos,
e transforma-os em nada.
Os dias, ah! Tece-lhes com lamento,
e também com ilusões.
Silente em ti por dentro,
este verme que corrói os corações.
Como o tempo que corrói, às casas,
e as deixa em ruínas fragilizadas...
Em cinzas, hão de se tornar as brasas,
como nós ao fim dessa jornada.
Ah! Sombria à matemática da vida, os temores,
adiciona e divide, eternamente quem dirias...
Multiplica-nos, angústias e às dores,
e de nós subtrai às alegrias.