VIA SACRA
Euna Britto de Oliveira
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Oitava é a minha Estação.
Percorro as sete primeiras
Com piedade e preces...
Chego à 8ª Estação
E aí, quedo...
Dói com cãimbra meu joelho.
Espero Jesus, o Salvador.
Estou entre as mulheres de Jerusalém.
“Não choreis por mim, chorai antes por vós mesmas e por vossos filhos.
Se ao lenho verde fazem isto,
O que não farão ao lenho seco?”
– Tempo de Jerusalém –
Ainda não tenho filhos, Jesus.
Mas vou ter cinco!
Terei também familiares e amigos...
Todos precisarão muito de Vós,
Como eu também precisarei!
De Vosso olhar que corta todo mal!
E de Vosso suor, de Vosso sangue ainda quentes
Para nos lavar injustiças e pecados
E nos purificar de toda mácula!...
Vamos, Jesus?
Ainda faltam seis Estações.
Por meu gosto, eu ficaria nesta 8ª mesmo,
Junto com as mulheres de Jerusalém,
Mesmo porque ainda estais vivo!
(Já que não pude permanecer o tempo todo junto ao presépio de Belém,
Onde a vaca se tornou bendita
Por Vos ter aquecido com o seu bafejar...
Eu também teria me tornado bendita
Só por Vos tocar,
Só por Vos olhar!...
Onde os pastores se aproximaram,
Alforges, cajados, presentes...
Guiados por noticiosa estrela,
E conheceram a Salvação!
Vosso nascimento – Terceiro Mistério Gozoso!...).
9ª Estação - Jesus cai pela terceira vez...
10ª Estação – É despido de suas vestes...
Tomam-lhe a túnica sem costuras,
Que serviria pra me cobrir e proteger, "ad infinitum"!...
Ou pra fazer uma tenda
E colocar o mundo inteiro debaixo,
Onde estaria a salvo de toda espécie de mal!
Os soldados estão sorteando a túnica inconsútil,
Com pena de recortá-la!...
Vamos, Jesus.
José de Arimatéia tem um sepulcro novo
Que Vos será cedido...
A minha carne já envelhece como um vestido.
Herodes ficou para trás...
Pilatos ficou para trás...
Barrabás, os guardas e os judeus...
Maria, as pias mulheres...
O véu do templo rasga-se de cima até embaixo, com a súbita ventania!...
As forças da terra se descontrolam ante tanta ousadia, ante tanta covardia!...
Até hoje, a natureza se descontrola
Onde não exista harmonia.
Parece que é uma lei,
Resultante da lei que é Amar-nos uns aos outros
Para que tudo dê certo!
11ª Estação - Jesus é pregado na Cruz...
12ª Estação - Jesus morre na Cruz!
São 3 horas da tarde,
Jesus está expirando...
A humanidade e os milênios estão esperando...
13ª Estação - Jesus é descido da cruz e colocado nos braços de sua Mãe Santíssima.
14ª Estação - Jesus é colocado em um sepulcro novo, cedido por José de Arimatéia.
Três dias depois...
Levanta-se a pedra do sepulcro,
Retira-se o peso do mundo,
Retira-se o peso de mim.
Resgatada, olho para trás....
Maria, as pias mulheres,
Milhares de pias batismais...
Bendito e louvado sejais, Senhor Jesus Cristo,
Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!...
Onde houver trevas,
Que haja Luz!
CHRISTUS RESURREXIT!
ALELUIA!...
Aleluia!...
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VIA SACRA
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O exercício da Via Sacra consiste em que os fiéis percorram mentalmente a caminhada de Jesus a carregar a Cruz desde o Pretório de Pilatos até o monte Calvário, meditando simultaneamente a Paixão do Cristo. Tal exercício, muito usual no tempo da Quaresma, teve origem na época das Cruzadas (do século XI ao século XIII): os fiéis que então percorriam na Terra Santa os lugares sagrados da Paixão de Cristo, quiseram reproduzir no Ocidente a peregrinação feita ao longo da Via Dolorosa em Jerusalém. O número de estações ou etapas dessa caminhada foi sendo definido paulatinamente, chegando à forma atual, de quatorze estações, no século XVI. O Papa João Paulo II introduziu, em Roma, a mudança de certas cenas desse percurso não relatadas nos Evangelhos por outros quadros narrados pelos evangelistas. A nova configuração ainda não se tornou geral. O exercício da Via Sacra tem sido muito recomendado pelos Sumos Pontífices, pois ocasiona frutuosa meditação da Paixão do Senhor Jesus.
Por “Via Sacra” entende-se um exercício de piedade segundo o qual os fiéis percorrem mentalmente com Cristo o caminho que levou o Senhor do Pretório de Pilatos até o monte Calvário; compreende quatorze estações ou etapas, cada uma das quais apresenta uma cena da Paixão a ser meditada pelo discípulo de Cristo.
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