Amar ia...

As correntes marinhas...

O mar quebrando nas ilhas...

As ondas entregando as esperanças...

De um novo e límpido amanhecer.

A Marina...

Os sons quebrando nas pedras...

As espumas deste mar...

O mar volta...

O mar ia...

Olhos do amanhecer...

Brilhos que esplandecem...

Abraços dos ventos...

Que trazem teu odor...

O mar ia

O mar volta.

Maria.

Não és da calmar ia...

És do mais intenso e verdadeiro...

És da sombra tardia...

És do Carmo...

És Maria.

Nas marolas destes lábios...

Nas salinas desta transpiração...

E transforma a tempestade...

Em bonança...

Paraíso...

Nada perdido...

Nem consumido...

Pois do mar...

És amar

Amar ia.

Nas lendas das flores és a semente...

Nas lendas da terra és a raiz...

Na verdade dos olhos és mulher...

Na intensidade do amor és carinho...

Nas asas dos ventos...

És encontro...

Nos voos dos tempos...

És sabedoria...

Quem provar este lábio...

Se sentirá um colibri...

Quem sentir teu abraço...

Se sentirá em casa.

Nas atribulações deste mundo,

Encontrará descanso neste teu colo,

E dormirá...

Pois és Maria.

Do Carmo, do calmo...

Pensas em estar tudo perdido,

Mas quem não gostaria de se perder em você...

E se achar neste coração,

E ancorar seu barco em teu infinito mar...

Neste amar ia

Neste calmo mar...

Pois do mar és filha....

E das ondas és nuvens terrenas.....

Pois és do Carmo...

És Maria.

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 13/07/2018
Código do texto: T6388948
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