Eterna Mágoa

Hei de ser, à serpente, que tu teme à peçonha.

Hei de acompanhar-te feito, à sombra,

que te segues na estrada.

Sou à dor que deixas tu, que já não sonhas,

merencório como, á lua, que se vai na madrugada.

Mostrarei-te o sofrimento, e o pranto,

onde apodrece sonhos, e floresce às ilusões...

Irás andar ouvindo o canto,

da maldade que se tem nos corações.

Eterna mágoa, do amor eterno brado,

que te proclamas,

noctâmbula cruel, algoz da matutina...

Crença que acendes esta chama,

e que todos os males abomina.

Dolorosa, sou à ave, que vem a ti trazer,

no presente idos tempos que não morre...

Até ver em teu rosto aparecer,

este líquido que dos olhos lhe escorre.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 11/07/2018
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