Em fim sós

De repente,

Estava só.

A quanto tempo eu não sei.

Nós estávamos, sós.

Era quase um grito de socorro,

Fazia parte daquela história...

Em um bar,

Sobre a mesa,

Não eram só palitos quebradinhos,

Partes nossas estavam ali expostas,

Dúvidas?

Certezas?

Eu sei,

Não queremos lágrimas,

Não queremos parecer como muitos casais,

Queremos um final "desenlace".

Aperto de mão e tudo mais,

Reaprender a beijar no rosto,

Nada mais.

Nossos corações estão em silêncio,

Mas, estarão em paz?

Estarão prontos?

As figuras movem-se de mesa em mesa,

Sombras...

É apenas o tempo.

De repente,

O próximo passo é como se fosse o primeiro,

É como nascer de novo,

Não há nada de inédito,

Eu já tinha esquecido,

Desse eco, neste espaço vazio no meu coração.

Nanda Realli
Enviado por Nanda Realli em 04/09/2007
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