Acabem!

Acabem as mordaças em seres calados

Até perante a ofensa

Qual animal que não pensa

Por isso, são tão regrados.

Acabem as vendas em olhos fechados

Cegos para o que os rodeia

Envoltos na cega teia

Por isso, são tão regrados.

Acabem as amarras em condenados

Serviçais de corpo e alma

A quem o chicote acalma

Por isso, são tão regrados.

Acabem os tiques, inúteis, estéreis

Curros e guias de débeis

Que nunca ousarao ir além.

Acabem! Pois castram a nossa essência

E numa afronta á decência

Reduzem-nos a ninguém.

Gilberto Fernandes

Gilberto Fernandes
Enviado por Gilberto Fernandes em 11/07/2018
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