Minha voz

Já fui telespectador,

Já fui amador,

Eu já conheci a dor.

De não ter voz,

De não desatar os nós,

De não saber lidar comigo, a sós.

Quem olha, fala que criei escudo.

Apenas outro absurdo,

De negligenciar o que não se entende.

Ou que se pretende.

Isso não é pra quem se rende.

Não se trata de controlar as coisas.

E sim de se impulsionar nas dores. No mais, sem cores.

Afinal nem tudo são flores.

Enxergue seus valores.

E ignore os opositores.