a tempestade e fala

O espirito ilhado

Não encontra a janela,

O espirito sofre, como

No relento, uma cadela,

Desligo de mim o funeral

Do tempo, deixo o morto

por sua conta risco,

invento um passo de dança,

Sem jeito, suplico o arejamento

Da uma espera, lá fora, o sol

Deixando saudade, a tarde cede

Como seguindo a gravidade, apenas

Observo a tempestade que precede

a fala.