CAVALO MARINHO

Gero feito cavalo marinho.

Cabelos sempre em desalinho.

Indiferente ao torvelinho.

Eis o meu diapasão -

Raramente desafino,

Sou cantor sem abrir a boca.

Enquanto indago com que roupa,

Ouço sons de violinos.

Gero...ao gerar não sei se quero,

Mas se quero, sou queroquero

Exposto ao Sol sob o gramado

Na minha meta compenetrado.

Cavalo marinho sem ser aquático.

Se a barriga cresce, temo mal hepático,

Não pelo mal, mas pelo chá de boldo

Que será enfrentar o Sol sem toldo.

Canto fora do compasso

Compassivo, dissonante.

Caminho assim, sei o que faço.

Nada faço como antes.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 10/07/2018
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