O BEM

O BEM

Dois meninos pularam uma poça de lama

a água suja neles respingou

continuaram limpinhos

a sujeira não colou

Uma multidão envenenada

todos no hospital

No exames não deu nada

nada de mal

Uma moça de fino vestido lilás

teve um galho de árvore

agarrado ao lindo tecido

nem sequer um fio puxou

do seu formoso vestido

Uma cobra um dia mordeu

o mordido sequer gemeu

o veneno virou mel doce

no Deus do corpo seu

As dores e rancores

não podem em nós dormir

Viemos ao mundo com missões

que só assim

podemos cumprir

Conceição Castro
Enviado por Conceição Castro em 10/07/2018
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