um olho na lavoura outro na viola
lavrador da terra
com a pele morena
queimada do sol
trilha de Camberra
homem que sabe
não levanta a voz
sua chegada é cansada
não encontra sua amada
louco por um descanso
seu corpo é um mulambo
vozes tagarelas
impedem seu sono
quando pega a viola
logo vem ela falando
então me consola
marido ausente
vontade dá
apear numa mata
tocar para os bichos
a viver com alguém
que não entenda seu sofrer
o som da viola é meu alivio
faz-me arrepiar
quando toco suas cordas
não vejo nem o dilúvio passar