NUNCA ME ACHO!
Sou antigo vendedor de flores,
falido pela inconsequência do homem...
Essa falta de amores,
essa falta de olhar, amar, sonhar.
Hoje falido, sob esquinas da turbulência
fui excluído pela consciência da humanidade.
Não querem flores nem coração...
Só horrores os movem pela tela da televisão.
Como vendedor de flores, estou na lua
de lá p'ra cá, absolto pelas ruas e viadutos
vida nua, sem amanhã nem divã
estou perdido, sem paixão...
Não tenho sonho nem esquina
não sei onde foi parar o meu sorriso
nem o perto de mão.
À muito me perdi dos abraços da coerência
... Ar, arfa pela calçadas, arvores desfolhadas
passos fracos, me procuro em meio a multidão
e absolto na solidão, nunca me acho!
Antonio Montes
Sou antigo vendedor de flores,
falido pela inconsequência do homem...
Essa falta de amores,
essa falta de olhar, amar, sonhar.
Hoje falido, sob esquinas da turbulência
fui excluído pela consciência da humanidade.
Não querem flores nem coração...
Só horrores os movem pela tela da televisão.
Como vendedor de flores, estou na lua
de lá p'ra cá, absolto pelas ruas e viadutos
vida nua, sem amanhã nem divã
estou perdido, sem paixão...
Não tenho sonho nem esquina
não sei onde foi parar o meu sorriso
nem o perto de mão.
À muito me perdi dos abraços da coerência
... Ar, arfa pela calçadas, arvores desfolhadas
passos fracos, me procuro em meio a multidão
e absolto na solidão, nunca me acho!
Antonio Montes