HÁ (...)
Há espaços para a desfrutar...
O suave soprar da brisa,
Há mistérios escondidos em si,
Há princípio e há fim,
No núcleo de cada matriz,
Há rostos tristes, há rostos felizes,
Há pavões, há petizes,
Cada um a sua maneira,
Cada um com o seu sentir,
Cada um com a sua paz,
Cada um com a sua guerra...
No fundo há sentimentos,
Em todos os momentos,
Como há amores perdidos,
Há ódios revelados,
No fundo há o existir,
Como há o esvair...
O evaporar como corrente fria,
Há estagnação do silêncio,
Há chama que não esfria,
Há calor, no instante frio,
Há solidão para cada saudade,
Há mentira pra cada verdade,
No fundo há sujeito,
Para cada predicado,
Como há perdão para cada pecado (...)
No fundo há espaços para desfrutar,
Há lembranças para recordar (...)
No fundo só precisamos existir,
Pra nos entendermos e nos desentendermos
Por vulgaridade, brutalidade
Há conceitos triviais,
Tal como há rumores fatais (...)
No fundo há dor pra cada alma,
Como há clima para cada estação (...)
Só precisamos existir,
Pois há espaços para se desfrutar (...)
(M&M)