68
68
Abro os olhos
Já é 68
O corpo domado pela noite
Levanta sem rumor
Desliza para a água
Que verdadeiramente o acordará
Na manhã de mais um dia
Na trajetória sob o céu
Cada instante será diferente
Mesmo na igualdade
De tudo que já passou
O espelho lhe acena bom dia
Com suas marcas e cicatrizes
E ainda sonhos e ilusões
O café coado
O leva ao passado
Lembranças retidas
Mas o liquido
Aromático e límpido
Lhe empurra para o presente
Que é muito bem vindo
Para viver um novo amanhã