Queixas Noturnas
Vão nas asas dos sonhos,
como à folha vai nas asas do vento.
Os dias alegres ou tristonhos,
indo sendo levados pelo tempo.
Que não distingue, nem perdoa, senhor
de todos os destinos. Brada-nos que certa,
és a morte, que de todo pranto e dor,
dos cárceres do corpo à alma enfim liberta.
Dolorosa verdade, sentimento que tange o funéreo,
em meu peito e me deixa...
Solitário a tocar este saltério,
pra noite que ouves, em silêncio as minhas queixas.