MINHA HIPOCRISIA AMADA

Juro que não lhe vi no vagão que sempre embarco

Que não lhe vi no sombrio de minha mente

Nem lhe pintei nos retratos de minha lembrança.

Juro que não ouvi sua voz susurrando um maldito "Oi"

Que não lhe retribui a insana gentileza

Nem que, num surto, beijei tua boca.

Juro que depois não cogitei de novo o, impossível, nós

Que não te quis de novo por perto

Nem que me assombrou as cem noites seguintes.

Juro que não me encantei com suas falácias decoradas

Que não me decorei com seus poucos/porcos arranjos

Nem que a ilusão de você é minha rival amiga.

Juro que não te encontrei nesses versos

Que não te compus em gritadas notas

... e nem jurando sei mentir ...

Diogo Acrizio
Enviado por Diogo Acrizio em 06/07/2018
Código do texto: T6383010
Classificação de conteúdo: seguro