MANHÃ DE INVERNO
Acorda cedo e cede ao fado
O mar tão perto, o aceno ao mesmo cais
Em qualquer casa, sob qualquer arcano
O sol no seu levante, no escarcéu
A vista da janela jaz empobrecida
Em cinza que jamais descascará
Se nada falta à cena segue o enredo
Meio banal, meio esquecida, é pena
Se tudo fala em quanto cala o mundo
A eternidade tem poucos caprichos
Cosméticos do cosmos
Acorda cedo e borda o próprio álibi
Sem Odisseu nem pretendente em Ítaca
E pensa em pontes sonolentas entre nada
E parte alguma
Oh, progresso dos sucessos que lhe aflige!
O lugar ocupado é o que convém
É público e comum, de resto
O espaço tal qual visto, se lhe apraz
De todo lado errado quando à destra
Acorda, não desperta nunca mais
.
Acorda cedo e cede ao fado
O mar tão perto, o aceno ao mesmo cais
Em qualquer casa, sob qualquer arcano
O sol no seu levante, no escarcéu
A vista da janela jaz empobrecida
Em cinza que jamais descascará
Se nada falta à cena segue o enredo
Meio banal, meio esquecida, é pena
Se tudo fala em quanto cala o mundo
A eternidade tem poucos caprichos
Cosméticos do cosmos
Acorda cedo e borda o próprio álibi
Sem Odisseu nem pretendente em Ítaca
E pensa em pontes sonolentas entre nada
E parte alguma
Oh, progresso dos sucessos que lhe aflige!
O lugar ocupado é o que convém
É público e comum, de resto
O espaço tal qual visto, se lhe apraz
De todo lado errado quando à destra
Acorda, não desperta nunca mais
.