PARIS/AMSTERDAM
As intenções moram no que não foi dito,
pois somos todos cavalheiros.
A úlcera consome o que é eterno,
até que permaneça apenas o rio.
Uma inundação que leva a poesia,
afogando bêbados e jardins luminosos.
Palavras pisoteadas em jornais antigos
dão conta do espanto de outros pensantes.
Um salto sem ruma na praça antiga,
atravessou a esquina de nome estúpido.
Virei a sombra que desaparece traiçoeira,
não fui mais nada e cumpriu-se o destino.