PARIS/AMSTERDAM

As intenções moram no que não foi dito,

pois somos todos cavalheiros.

A úlcera consome o que é eterno,

até que permaneça apenas o rio.

Uma inundação que leva a poesia,

afogando bêbados e jardins luminosos.

Palavras pisoteadas em jornais antigos

dão conta do espanto de outros pensantes.

Um salto sem ruma na praça antiga,

atravessou a esquina de nome estúpido.

Virei a sombra que desaparece traiçoeira,

não fui mais nada e cumpriu-se o destino.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 05/07/2018
Reeditado em 08/07/2018
Código do texto: T6382624
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