Alma em Flor

Derramo-me feito orvalho nas flores

e permito a alma voar

feito borboleta

a brincar nas manhãs douradas,

atenuando as dores,

silenciando os rumores de guerra ocultos

para ouvir apenas, o farfalhar das folhas

e as pétalas se abrindo.

Deixo-me germinar pelas borboletas

gerando vida nas entranhas.

E quando voo absoluta e serena,

acho pouso na brisa,

casa nas flores,

e só então, o perfume delas me banham o ego

e me chama,

noite e dia

para principiar a paz.

Paula Belmino