CINAMOMO

Não me desdenhes nesta seara longínqua,

Diante dos trevos da vida nos encontraremos

Mesmo com as estradas esburacadas e bueiros...

Certamente todo apanágio tem boca oblíqua!

Não me apoquentes perante dízimos de outrora,

Há encruzilhadas onde os cofres parecem cinzas,

Pois a pólvora dissipou todas as cédulas redivivas

E. obviamente, nada resta, senão o que é lorota.

Não me crucifiques no calvário dos vilões usurpados,

Porque até ali só chegam os trapaceiros condenados

À prisão perpétua ou à pena de morte da hipocrisia...

Não me pintes nas tatuagens egocêntricas dos pincéis,

Porque não sou miniatura nem caricatura de bordéis:

Sou insigne pintor das paisagens e criador de fantasia!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 04/07/2018
Código do texto: T6381776
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