As impressões do mundo
As impressões do mundo, em cima duma ponte,
assombro-me a refletir.
Vendo púlcra à natureza no horizonte,
e o ermo que espera-me a ir.
Despertaram-me caladas no peito, sensíveis
e aterradoras, a bradar-me oriundas...
Sensações, atras e terríveis,
dentro dele as mais profundas.
Zumbiam vorazes no encefálo às idéias,
que vinham brutais eram impiedosas...
Lutulentas também como às geléias,
escorriam e feriam como espinhos os de rosas.
Solitários, ao redor o mundo olhavam,
os meus olhos tristes e o que viam...
Eram sonhos que os dias enterravam,
e mortas às mágoas que renasciam.