Garimpeiro
À espreita do diamante
Ao toque das mãos
No garimpar das palavras
Vela o poeta com cuidado teus versos
Errante, tua poesia chora
Não pelo apreço da palavra
A pedra que resta
Traz-lhe a saudade de volta
Se do brilho se encanta
É melodia em letra
Vela novamente com cuidado
Teus versos
É de amor, a pedra que ainda pequena
Desponta...
Não há de haver desapontamento
Nesta raridade garimpada
É lida...
É certo
Que só água escoe
Em vãs tentativas de acertos
É certo...
É vida
Que a poesia reluz antes
Apenas no pensamento do poeta...