POEMA ANDARILHO
No meio da madrugada tinha um poema.
Era um poema livre
escaleno.
Escalava os restos da noite
tinha pés de barro
e olhos de enigmas...
Meio torto
meio tonto
andava a esmo
no meio do ermo
sem armas
nem amarras.
Não tinha bagagem.
Na mão,
só um mapa de viagem.
(Do livro Catador de invisível, p. 20)
No meio da madrugada tinha um poema.
Era um poema livre
escaleno.
Escalava os restos da noite
tinha pés de barro
e olhos de enigmas...
Meio torto
meio tonto
andava a esmo
no meio do ermo
sem armas
nem amarras.
Não tinha bagagem.
Na mão,
só um mapa de viagem.
(Do livro Catador de invisível, p. 20)