Criação
O poeta tem febre,
que pinga gota-a-gota
no papel em branco.
Molha-o com as palavras.
A fúria, dentro de si,
deixa os lábios secos,
a alma enxarcada
de emoção.
Os signos do pensamento
extrapolam o tempo,
dão asas ao coração.
A temperatura aumenta
a cada expressão.
Carícias feitas à alma
acalmam a sofreguidão.