INFLAMÁVEL

Meu corpo deixei ao sabor dos ventos

Das tempestades do amor que me alucina;

Oh!, Mesmo surdo ouvia os tons da rima

Que sobre mim deitava nobre sentimento.

Incontáveis luas havia na noite em derredor

Duma existência cuja caricatura era a minha;

Eis que da natureza percebo preces e ladainha,

Todas tocadas e cantadas em harpas e dó maior.

Em meus sócios desejos almejei alimentar o pejo

E nutri minh’alma dum ortodoxo prazer em chamas

Que se fez em mim sob o ignóbil influxo da cama...

Momentos de intenso e sincrônico pudor eu revejo

Sobre dourados tapetes das imensas salas planas,

Todas preparadas com o esmero que o amor inflama!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 01/07/2018
Código do texto: T6378770
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.