Febre de letras
Quem é essa...
que digitando faz caminho,
estradas e ninhos...?
Suas páginas são depositário,
dos seus filhinhos o berçário
e dos seus versos, moinho.
Mansos ou contundentes,
espanto para as gentes...
Quem é ela...?
Que dita suas verdades
e, não espera agradar?
Escreve do seu profundo,
brotos das suas entranhas,
nada deixa escapar:
o voo da borboleta,
o estampido de um fuzil,
o nascer de uma criança
o ancião que partiu...
No seu sangue viaja um vírus
liberado ao digitar
escrever é uma febre,
as muitas letras
seu antídoto,
só o sono... pode curar!
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