Sagrado Manto

Ergue teu gládio e vai com tua lira,

poeta afugenta à dor.

Tira do peito à mortalha da ira,

e veste sagrado o manto do amor.

Nestes bosques, sereno e cauteloso,

andas tu e sente latejar...

Por dentro alegre e tristuroso,

o coração a palpitar.

Etéreos sonhos, mágoas que outrora,

lhe fizeram soluçar.

Recorda-te e chora,

como chora e lamenta, quando estás a recordar.

Vós que seguias pelos prados, com à lua

solitário, indo a caminhar...

Vendo serena, à chuva, que caia pela rua,

e às estrelas que não paravam de brilhar.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 25/06/2018
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