Santa Clara, Clarice

Santa Clara, Clarice

Ninguém se preocupou

Com o silêncio de Clara,

Com a dor de Clara,

Com o amor de Clara.

Com a fé de Clara

Que validara a santa loucura

de Francisco!

Cálida rosa rara

Calada remendava todos os dias o

Tecido delicado do seu coração

Para não vazar o sangue sagrado

Paixão

pelo distante próximo

em nuas guerras de paz.

Ninguém avaliou

A clara solidão das noites de vigília

por Francisco

Que, santo, tecia orações

Homem, lutava contra suas tentações.

Ninguém ouviu

A fome silenciosa de Clara

Que sentiu as agonias do seu amor

Com ele jejuou

Por todos os famintos do mundo

Sofrendo o perverso vazio abandono.

Eros e Ágape, ninguém os viu

Mas ouviu com clareza

O eco do amor perfeito de

Francisco e Clara

Até hoje

Canto dos pássaros

Clariceando cada manhã.

Stella Motta
Enviado por Stella Motta em 25/06/2018
Reeditado em 09/11/2018
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