Etéreos Sonhos
Ergue teu gládio e vai com tua lira,
poeta afugenta à dor.
Tira do peito à mortalha da ira,
e veste sagrado o manto do amor.
Neste bosque, sereno e cauteloso,
anda tu e sente latejar...
Por dentro alegre e tristuroso,
o coração a palpitar.
Etéreos sonhos, mágoas que outrora,
lhe fizeram soluçar.
Recorda-te e chora,
como chora e lamenta, quando estás a recordar.
Vós que seguias pelos prados com à lua,
solitário indo a caminhar...
Vendo serena, à chuva, que caia pela rua
e às estrelas, que não paravam de brilhar.