ABSINTO
ABSINTO
Paradoxal, hidroxilas aos moles, disruptivo de sinapses,
A caixa áurea no organograma de ébrios,
Remédio de Ordinaire, mas quase ordinário,
Paraíso da Fada Verde que incita o cortar orelhas de celebridades,
Poetas que renegam ao amor transformam-se em belicosas criaturas,
Apocalíptica criatura se torna o agente de repressão aos ímpios,
Poder dado para que possa ferir as águas, e nossa dependência,
Como no vício, seus destilados maculam corpos hídricos,
Antagonismos à Terra que emanava leite e mel,
Gosto punitivo, amargo, como é o fel,
Catastrófica herança das transformações não holísticas,
Primogênitos seres concentram a verdade em uma só fruta,
Homo Demens, transforma a Losna em adoração a Baco,
Separam-nos inexoravelmente, um acantilado,
Nele, cabe à introspecção, se somos topo ou fundo,
Jazem corpos, na bebida, os cetônicos,
Depreciam-nos, intrujonas, as tujonas,
Fazem-nos assassinos, da própria Célula Mater,
Uma involução, como as estrelas, dessa feita do mar?
Há aqui, uma comparação apenas abstrata,
Ambulacrários, é o acantilado debaixo,
Absinto sideral, do acantilado de cima,
Pois a maioria, como já difundido, pertence a algum abismo.