PERENIDADE

Estou vivo de um viver bio degradavel,

Descartável.

Existir é inventar esquecimentos,

Viver desaparecimentos.

Há silêncios dentro de mim

E eles não param de crescer.

Não me tenho nem por um momento.

Envelheço e tudo que sou e me faz ninguém.

O tempo é sempre insuficiente,

Uma urgência que inventa nossa atroz fragilidade.