A prosa
Eis que tudo passa-se vis-à-vis
Sentado em uma mesa com apenas uma cadeira
Você e sua vida, defronte
Pergunta-se quantos foram as ocasiões que tudo fora verdade
Os momentos de vacantes sentimentos
Os quais perpetuam uma trincheira de questionamentos
Vestígios centelham ao ar
Toda aquela vida voa em velocidade absurda
Nota-se a permuta de suicídio da mágoa
Revela-se ilusão composta pelo que ficara fincado no coração
Com ímpeto, a veracidade é revelada
Com dor e alívio, o céu desanuvia
Com esmero, aquela prosa edifica
De modo efêmero e um tanto amargo
A vida esbofeteia sua cara com verdade
E agora o porvir é só questão de novas escolhas
De caminhos que o levarão a tantas outras conversas com seu íntimo…