FLOEMA

Danilo Evangelista...

Uma flor caiu em minha mão

Amortecida de magia e ternura.

Ela trouxe em silêncio a paz. A poesia da vida

O amor oculto, que brota em cada ser.

Ela trouxe a ilusão gostosa, traços amenos como solução

Sem interferir na trajetória da verdade.

A flor adormeceu e despertou o belo

No mundo diminuto de minha mão.

Na ação de te olhar

Inalei o seu profundo perfume e...

Afaguei-a como se fosse uma mulher.

Era noite, era o murchar da flor

E o cio do sereno saía dos meus olhos

Com leveza e admiração.

Na orla da rua, contido pelo clarão da lua

E sentado sob os galhos da inspiração

Aspirei pelos olhos o fruto da beleza

E desfrutei o mel da vida

Que refez o jardim do meu pensamento.

A flor despertou...

E na concha tépida de minha mão

Banhou-se no mar doce dos meus eternos sonhos

Onde a flor era toda vontade de ser tocada pelo colibri.

Flor e poema

Que residem no meu peito celeste

Deixando meu corpo grávido de esperança

Para num açoite, fornecer o néctar para a vida.