NO PAÍS SEM RIMA

A morte é constante

No país gigante

A morte não assombra

No país das sombras

Morre a criança

Sem esperança

Morre a criança

Antes da bonança

A morte é rotina

No país sem rima

A morte não é dor

No poema sem amor

Morre o jovem

Que se dissolve

Morre o jovem

Enquanto chove

A morte é rei

No país sem lei

A morte é libertação

No país do cão

Morre o homem

Que não come

Morre o outro homem

Com outro tipo de fome

Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 20/06/2018
Código do texto: T6369261
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