NO PAÍS SEM RIMA
A morte é constante
No país gigante
A morte não assombra
No país das sombras
Morre a criança
Sem esperança
Morre a criança
Antes da bonança
A morte é rotina
No país sem rima
A morte não é dor
No poema sem amor
Morre o jovem
Que se dissolve
Morre o jovem
Enquanto chove
A morte é rei
No país sem lei
A morte é libertação
No país do cão
Morre o homem
Que não come
Morre o outro homem
Com outro tipo de fome