Quantos tem tudo e se sentem nada, perante si
Alma minha, o que seria de mim se eu não derramasse as lágrimas do meu coração.
Alma minha, o que seria de mim se as minhas prosas não chegassem aos ouvidos sãos.
Alma minha, o que seria de mim se somente o meu corpo eu admirasse.
Alma minha, o que seria de mim se ao invés de amarras com nós eu estivesse acorrentado com o passado.
Alma minha, o que seria de mim se o violino não chorasse e o piano não gemesse ao teu encontro.
Alma minha, o que seria de mim se tu não me levasses à altura dos querubins.
Alma minha, o que seria de mim nesse caminhar sem os teus finos e puros grãos de sabedoria espalhados aos quatro cantos nesse vasto mundo.
*Quantos vivem apenas por viver *
* Quantos vagueiam, tateando as noites procurando por objetivos em si mesmos para se sentirem alguém, nos dias seguintes*
*Quantos tem tudo e se sentem nada perante si*.