A Lua
É a morte
Que dá vida à Terra
Que vigia os pés descalços
Que controla o nosso fardo
Que esfria a nossa guerra
Santa Lua
Cadáver de amor
Flutua sobre os nossos sonhos perdidos
De prata, lua amada
Amo-te tonto
És a única morte
Que eu quero
Alado cancro
Moribunda poetisa
Vampira dos meus versos
Me chupa
Lua lua
Me eleva à sua loucura
Que o dia me tira
Me chama à sua sombra
Que brilha
Morreu em uma noite sem lua
Agora vivo
Apenas por sua agonia
Deusa nua
Que eu uivo
Me excito por ti
Lua amiga