Um voo livre
 

Tatuei um sonho na liberdade
Que fica atrás da sombra da vida
Num verso feito em curvas
Que comtempla e retorna em partes
As estrias da minha alma
 
Sinto cravado no tempo um voo livre
É preciso louvar situações incertas
Para na noite aquietar a solidão
Em frente ao livro que roça em mim
Numa linha explícita que desvia o seu olhar
 
Sinto quando todos os sóis se apagam
Lá vou traçar e projetar o ápice
Afastando o cenário que buscava a luz
E escondia a seta e destacava o alvo
O dia nascia para driblar o que era tarde
 
O meu sonho arcaico cala o tempo
Apaga a tatuagem abstrata
E gesta uma luz no formato da lua
No desenho sei colorir minha solitude
Que sofre a mágoa da última ilusão
 
Tudo oscila na sombra de atos transidos
Na parte sem forma e em transe
Pelo jeito que deforma a oração
Numa desordem espelhada e sem reflexo
O mundo ficou nu em lágrimas
 
Sempre penso e agrado a solidão
A lavra exalta e torna possível ser
Fujo da opacidade do mundo bruto
Para pousar no voo livre dos meus versos
Que amarra e liberta as regras da civilidade


 
 

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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 19/06/2018
Reeditado em 12/08/2018
Código do texto: T6368299
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