Central Park

CENTRAL PARK

Tudo é verde a minha volta.

É um festival de vida ao meu redor.

A natureza explode em multicor.

O silêncio das árvores conversando,

me leva a viajar em outros mundos.

em outras galáxias,

onde tudo que é vivo,

se comunica e participa.

Meu olhar não pode chegar ao infinito:

A folhagem densa me envolve.

Estou viva e palpitante,

participante deste festival,

integrante desta natureza,

não mera espectadora.

Minha retina fotografa tudo.

Breve o inverno virá

e esta imagem será necessária

para aquecer este sangue

que pulsa, tão forte, agora.

No centro desta megalópole,

palpita um verde coração,

aquecido pelo sol de verão.

O ar perfumado, clorofilado,

se esquece que existe poluição.

Não aqui, não agora!

Talvez num mundo do futuro,

onde a natureza foi substituída,

as máquinas e robôs tomaram conta

e a raça humana desapareceu.

Sou uma célula pequena,

mas, faço parte disto tudo.

Existo e sinto todo este verde.

Meu coração bate no mesmo compasso.

meu passo firme, segue sem cansaço:

Eu vivo a natureza em mim.

Exalto este sol, respiro este ar,

irradio, na mesma vibração,

esta alegria imensa,

que invade todo o meu ser.

Aqui, eu posso, aqui eu sinto

que o futuro existe, sem poluição,

sem maldade, sem vingança,

sem ódios, sem descrença,

sem covardia e sem ambição.

Gilda Porto
Enviado por Gilda Porto em 03/09/2007
Código do texto: T636761
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