Ancoradouro
Manhãs inefáveis se repartem, em crava de amor;
Inexiste, na solidão dos corpos, em insolência,
move em outra noite, minha canoa de descer rio!
Semente é o destino,
semente é a raiz da chama do destino,
chama funda, e vinho, e lagares, cio de fêmea,cio e útero
coabitam estrelas, mais manhãs!!
Chove na Terra, chove na poesia e nos átrios do verso,
tão escuso verso,
Versos que regam minha melancólia,
Que liberam o grito preso do desejo que em minha pele ousa a atinar!
Essa chuva na poesia fertilizam todos os meus desejos com maestria....
Fazendo assim meus instintos acordar,
ME trazendo a lembrança de quando seu corpo e o meu se tornam um,
Criando uma canção desconhecida.
Uma canção insolente que só por nós pode ser ouvida...
E assim me ponho a navegar neste rio de correntezas perigosas que o amor insiste em me colocar..
Sigo na semeadura do destino na intenção de ver nossa história aflorar