joãozinho o rude
vez em quando joãozinho passa por aqui
cavalgando a morte nas crinas do fim
fumando na praça ninguém se ilude
diabo flerta sirene n'hora de joão o rude
quando voa a voz fazendo vão no vento vão
tantos tambores troam trovejando o mal
vagalumes vagassônicos luminam o sonho fugaz
anjo da marte no camburão geme geme fundo e assaz
vamos johnny vamos pro lado de lá
vamos johnny os assassinos enterram bandeiras nojentas no sexo do mar
johnny vamos e que eles revelem os vampiros na farra da nossa ausência sanguinária
revelem os vampiros, temos muitos a degolar
na orgias secretas dos poderosos com as crianças
quando o galo cantar enojando robot's
joãozinho vai estar morto de cara p'ro sol
cheio de droga
o corpo nu de uma horrenda beleza
caido no cemitério da preferência
ó morte! morte! dona da Terra
dona do Poder
todas as dúvidas levam a ti
Rainha Louca dos amantes
que não fazem amor
só nos resta fugir
para longe dos calabouços
e das alfândegas
não se morre moço
no governo dos justos
religiozisa-se defuntos
eletroprograma-se almas
no Reino das Igrejas
dos Exércitos
e das Finanças
fechado de Leste a Oeste
pelos esqueletos cabeludos dos puros
pendurados nas cruzes de neon
enquanto a plebe bebe jogatina e sexo explícito