BORRASCA

Lentamente caminhava entre os charcos da estrada...

Em cada passo uma dúvida, em cada dúvida, o choro.

Nos pés atolados na lama, a certeza do sujo e do lodo

Que inundavam aquela alma, cambaleante e cansada.

Uma torrente de nuvens derramavam a água da chuva,

Grossos pingos emolduravam o cenário de tempestade

E a criatura, encharcada de suor, lágrimas e calamidade,

Seguia seu destino rumo a um desconhecido sem curva.

A natureza pranteava doloroso perante o céu plúmbeo,

Dias havia que o firmamento era fechado, nada cerúleo,

O que se confundia na dissertação o que era noite e dia...

Relâmpagos e trovões disputavam o medo e, de repente,

Uma névoa colore de embriaguez alva delírios e mentes,

Mas o personagem rodopiava em busca de sua fantasia!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 15/06/2018
Código do texto: T6365525
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