BORRASCA
Lentamente caminhava entre os charcos da estrada...
Em cada passo uma dúvida, em cada dúvida, o choro.
Nos pés atolados na lama, a certeza do sujo e do lodo
Que inundavam aquela alma, cambaleante e cansada.
Uma torrente de nuvens derramavam a água da chuva,
Grossos pingos emolduravam o cenário de tempestade
E a criatura, encharcada de suor, lágrimas e calamidade,
Seguia seu destino rumo a um desconhecido sem curva.
A natureza pranteava doloroso perante o céu plúmbeo,
Dias havia que o firmamento era fechado, nada cerúleo,
O que se confundia na dissertação o que era noite e dia...
Relâmpagos e trovões disputavam o medo e, de repente,
Uma névoa colore de embriaguez alva delírios e mentes,
Mas o personagem rodopiava em busca de sua fantasia!
DE Ivan de Oliveira Melo