A SOCIEDADE SELVAGEM
O cangaço na cidade civilizada
É o bagaço da maldade mediocrizada
E tem podridão sem foco no ser humano
E tem esporão in loco no ser mundano.
Na proximidade da morte que vai chegar
Está a atrocidade de porte que vai pegar,
Diariamente no homem da bondade ou do mal,
Mansamente no vai-e-vem da crueldade ou do sal...
Sal cortante que mata, que desmancha e corrói,
Mal marcante que pauta, que remancha e destroi,
Que fere e é ferida - que ataca e dá mordida!
Pobre odor de merda, que acontece e não finda,
Cobre a dor da perda, que entristece e não é linda,
Que fede e é fedida - que atraca e ‘tá falida!
Salvador, 01/04/2000.