A ÁGUA PRO SERTÃO

- Ó, cirros de quimera,

Cirros do céu do sertão,

Sem a chuva que espera

Minha gente do torrão!

Como pingos não caem lá,

Seca longa e danada

Prega fome por ser má

E tal gente tem nada...

- Ó, seca feia e tão letal,

Faltar d’água que mata,

Que seca até o ser fetal,

Primo susto da mata!

Sendo a chuva que cede

Sua alegria e seu puro amor

Ao vivo que carece,

Furta do sertão sua dor.

Salvador, 01/01/1999.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 15/06/2018
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