A PEDRA
O tombo do alto das nuvens alardeia e prenuncia
Um mundo factível, uma nova alma, uma sobrevida
Aquela que de fato vale muito à pena ser vivida
*Seja pela pluma,
*Seja pela pedra,
*Seja a vida plena.
Que a dor serena
Dilacere e cure esse coração tão duro.
Sem raiva nem ódio em olhos tão doces e tão puros
Já que a boca aberta liberta as mágoas como borboletas
Há que ter paciência e a sapiência para esperar
Esperar na lida, laborando os dias na sua pedreira
De poder desfrutar os dias de luta e de retidão
Pois só quem sabe acolher as duras penas
Saberá valorizar e se curvar ante a gratidão.
Não é bem a felicidade o que se busca neste mundo
Muito menos só o prazer da boca que mama aos olhos fecham
E nesse entremeio há o método do que fazer com cada pedra
Essa pedra santa que tanto encanta quanto desencanta o amedrontado coração...